Sistema Portuário Brasileiro 2010 – Perspectivas e Desafios (Artigo)

Introdução

No período 1997-2008, o PIB brasileiro cresceu 80,6%, a corrente de comércio exterior 232,2% e a abertura da economia (corrente de comércio/PIB) 84,6%. O sistema portuário brasileiro contribuiu positivamente para isso. Dizia-se, em 2004, que haveria um apagão logístico nos portos brasileiros, caso a economia crescesse acima de 3% ao ano. O crescimento foi maior que esse, nos anos seguintes e até a crise mundial de 2008, e o sistema portuário atendeu à demanda, ainda que num patamar de qualidade abaixo do desejado, devido aos longos anos sem investimento.

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Há, portanto, muito o que fazer para aumentar a eficiência do sistema, na medida que é esperado um acelerado crescimento da economia brasileira e da corrente de comércio nos próximos anos. Prova disso é que – mesmo em 2009, ano de crescimento zero do PIB – o Porto de Santos estabeleceu em outubro novo recorde para os dez primeiros meses do ano, ao movimentar 69 milhões de toneladas.

O sistema portuário brasileiro, constituído por terminais portuários de uso público (portos públicos) e de uso privativo – este quase exclusivamente para carga própria –, tem como objetivo oferecer as melhores condições logísticas para usuários e operadores dos diversos modais. Essas condições devem garantir modicidade tarifária, bem como regularidade e qualidade no atendimento. Importante lembrar que os portos impactam e são influenciados pela logística de cargas e de passageiros dos diversos modais.

Breve histórico

A partir de 1997, a operação portuária nos portos públicos foi descentralizada para a iniciativa privada, sob a gestão da autoridade portuária. Esse processo se deu através de licitações públicas, única forma permitida, pela Constituição Federal, para operação privada na prestação de serviços a qualquer usuário, sem restrição.

Uma avaliação com base nos números apresentados acima, e em outros tantos, permite afirmar que os portos atenderam ao básico demandado. Mas isso não caiu do céu. Foi fruto de muito trabalho de todos os responsáveis pelos portos: governo federal, governos estaduais, prefeituras e operadores privados.

Em 2004, o governo Lula criou a “Agenda Portos”, que mapeou as fragilidades do sistema e as medidas necessárias para superá-las. Desde então, os investimentos públicos e privados nos portos públicos foram crescentes e sempre no sentido de eliminar gargalos e preparar os portos para uma nova realidade de crescimento acelerado da economia e do comércio exterior.

O quadro, a seguir, mostra como os portos públicos e os terminais de uso privativo atuaram para atender a essa corrente de comércio exterior crescente.

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Fonte: Antaq e Ministério dos Transportes

Na carga geral, os portos públicos, em dez anos, cresceram sua movimentação 146% e os terminais privativos em 125%. Sendo que 74,8% do total foi movimentado pelos primeiros. As cargas em contêineres, contidas no item carga geral, representam 70% destas.

Os terminais de uso privativo têm um peso maior na movimentação de granéis sólidos (soja, açúcar, minério, entre outras cargas) e líquidos (petróleo, etanol, entre outras). Ainda assim, os portos públicos tiveram taxas de crescimento superiores ou equivalentes aos de uso privativo. O que mostra uma tendência de atenderem a uma parcela cada vez maior de usuários, ao contrário do que se publica na imprensa.

A decisão do Governo Lula em priorizar os portos, com a criação da Secretaria Especial de Portos, possibilitou o aumento de investimentos públicos, através do PAC, e estímulo ao investimento dos operadores privados. Os dos terminais de contêineres – somente permitido pela Constituição Federal e demais leis do marco regulatório por licitação e em portos públicos – investiram mais de US$ 2 bilhões, entre 1998 e 2008.

Perspectivas e desafios

Acrescente-se que há projetos de expansão em andamento – com investimentos públicos e privados – em quase todos os portos públicos. Suficientes para mais que dobrar as suas atuais capacidades, especialmente em relação a contêineres. O que é necessário, na medida que navios ˜Post-Panamax” e “Super Post-Panamax” (até 4.800 e 8.600 TEUs, respectivamente) começam a chegar aos portos brasileiros. Essa nova realidade exige que se aumente a profundidade, a extensão dos berços de atracação, a retro-área, bem como o porte e produtividade dos equipamentos dos atuais portos públicos.

Os operadores privados dos portos públicos têm projetos para investir mais US$ 4 bilhões, até 2015, especialmente para a expansão dos terminais de contêineres. O quadro a seguir mostra o que foi feito e as perspectivas futuras acordadas com as autoridades portuárias.

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Em relação à dragagem, outro item crítico para o aumento da capacidade, apresentamos o quadro a seguir, que mostra os investimentos do PAC para os próximos anos.

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Paralelamente aos investimentos e medidas institucionais para os portos, o governo federal e alguns governos estaduais estão investindo na melhoria da infra-estrutura de acesso aos terminais portuários, condição necessária para evitar que se transfiram gargalos do sistema portuário para os demais modais. Obras estratégicas em andamento ou a iniciar em breve: Arco rodoviário do Rio de Janeiro; modernização e expansão das ferrovias Nova Transnordestina, Norte-Sul e Ferroeste; Ferroanel de São Paulo e perimetral de Santos, entre outras. Principal medida institucional: prorrogação do Reporto, até 2011, garantindo isenção fiscal para aquisição de equipamentos, visando a modernização dos portos.

Como se vê, é possível esperar uma melhoria do sistema portuário, nos próximos quinze anos, à altura do acelerado crescimento econômico previsto até pelos mais pessimistas.

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DNIT investe mais de R$ 100 milhões na recuperação de rodovias em Goiás


O DNIT inicia nos próximos dias as obras de recuperação das rodovias BR-153, BR-060 (foto), BR-414 e BR-020 em Goiás. Ao todo serão investidos cerca de R$ 108 milhões nos serviços de manutenção das pistas. Os empreendimentos fazem parte do Crema 1ª etapa – Contrato de Restauração e Manutenção, que prevê a realização dos serviços por dois anos.
Primeiramente, são realizadas obras de recuperação e restauração e depois, de manutenção e conservação do pavimento.  Os serviços compreendem intervenções no pavimento da pista e dos acostamentos; recomposição da sinalização horizontal; manutenção da via, incluindo remendos e selagem de trincas, e conservação rotineira da faixa de domínio.

BR-020
Segmento: Km 136 – Km 252,0
Valor: R$ 18,5 milhões

BR-153
Segmento: Km 107,6 – Km 212,8
Valor: R$ 17,4 milhões

BR-153
Segmento: Km 0 – Km 107,6
Valor: R$ 22,3 milhões

BR-414
Segmento: Km 199,9 – Km 296
Valor: R$ 9 milhões

BR-060
Segmento: Km 0 – Km 93,8
Valor: R$ 26 milhões

BR-060
Segmento: Km 93,8 – km 138,9
Valor: R$ 14,8 milhões


Contratos de manutenção desse tipo são permanentes no DNIT. Grande partes dessas rodovias está em boas condições e precisam ser mantidas nessas condições.
No passado, uma rodovia era construída e depois não tinha manutenção, levando à rápida deterioração em poucos anos.
Atualmente, o DNIT tem contrato de manutenção em praticamente toda a malha rodoviária federal.
Manutenção das rodovias federais também faz parte do PAC Logística.
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Sistema Portuário Brasileiro 2010 – Perspectivas e Desafios


Este é o título de artigo de minha autoria, publicado no Blog do Zé Dirceu.



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No período 1997-2008, o PIB brasileiro cresceu 80,6%, a corrente de comércio exterior 232,2% e a abertura da economia (corrente de comércio/PIB) 84,6%. O sistema portuário brasileiro contribuiu positivamente para isso.

Dizia-se, em 2004, que haveria um apagão logístico nos portos brasileiros, caso a economia crescesse acima de 3% ao ano.

O crescimento foi maior que esse, nos anos seguintes e até a crise mundial de 2008, e o sistema portuário atendeu à demanda, ainda que num patamar de qualidade abaixo do desejado, devido aos longos anos sem investimento.

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Leia a continuação do artigo clicando aqui
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Salão de Detroit rende-se aos carros elétricos

O Detroit Electric, de 1922, teve 12 mil unidades comercializadas. Começou a ser vendido em 1907(Foto: Ulisses Cavalcante/ZAP)

Mais de 40 automóveis elétricos e híbridos estão em exibição no Salão de Detroit, Estados Unidos, onde são apresentados como principais opções para reduzir o consumo de combustível fóssil nos transportes. Os elétricos não emitem um grama de poluentes, enquanto os híbridos combinam motores elétricos e a combustão interna, com uma emissão menor do que que a das versões comuns.


Veículos totalmente elétricos são uma realidade há 110 anos, quando o automóvel estava nascendo. A primeira morte do carro elétrico ocorreu por conta de seu calcanhar-de-aquiles: as baterias. Mais de um século depois, os acumuladores de energia continuam sendo a âncora dessa tecnologia. A autonomia dificilmente ultrapassa os 150 quilômetros e o custo de aquisição pode dobrar em relação a modelos comuns. 


Fonte: G1


É uma questão de tempo e os automóveis movidos a eletricidade e híbridos serão uma realidade mais cedo do que se pensa.


Principalmente se o governo federal estimular a troca de fonte energética, no médio prazo.


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DNIT restaura BR-262 em Minas Gerais


O DNIT vai restaurar um trecho de 105 quilômetros da BR-262 em Minas Gerais. Todo o segmento desde o acesso ao município de Ibiá até a cidade de Araxá. Ao todo, serão investidos R$ 105,1 milhões, e os serviços devem ser concluídos em julho de 2011.
Além de refazer completamente o pavimento, o DNIT vai realizar obras nos dispositivos de drenagem da pista. A sinalização do trecho será reinstalada, com novas placas, tachões refletivos e pintura de faixas. Também estão previstas medidas de compensação ambiental.
A BR-262, que corta Minas de Leste a Oeste, passando por Belo Horizonte, é uma das mais importantes do estado, ao lado da BR-040, BR-381 e BR-116.
O DNIT vem, há tempos, recuperando toda a BR-262 MG.
Clique aqui e leia alguns post publicados sobre essa rodovia.
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DNIT lança licitação para recuperar 727 quilômetros da BR-230 no Pará




O DNIT lançou, nesta terça-feira (12), dois editais, na modalidade concorrência pública, para contratar os serviços de manutenção (conservação/recuperação) da BR-230, no Pará.
O edital nº 9, dividido em dois lotes, tem um total de 391 quilômetros de extensão. O Lote 1 está localizado entre as cidades de Rio Araguaia (km 0) e Rio Cajazeiras (km 194). O Lote 2 compreende o trecho de 196 quilômetros entre Rio Cajazeiras (km 194) e Rio Aratau (km 390).
As empresas interessadas devem apresentar suas propostas no dia 23 de fevereiro, às 11h, na Superintendência do DNIT, na BR-316, no km 0 s/n, Avenida Castanheira, em Belém.
O edital nº 10 também está dividido em dois lotes. O primeiro lote terá obras entre o Rio Aratau (km 390) e o Rio Xingu (km 570), totalizando 180 quilômetros de rodovia. Na sequência serão recuperados os 156 quilômetros localizados entre o Rio Xingu (km 571) e o município de  Medicilândia (km 727). Para esse edital as propostas serão entregues no dia 23 de fevereiro, às 9h, na Superintendência do DNIT em Belém.
A BR-230, também conhecida como Transamazônica, esteve abandonada durante muitos anos.
Para se ter uma idéia da recuperação dessa importante rodovia, para aquela região, apresento abaixo o quadro que mostra as condições dessa rodovia, atualizado em 4/12/2009, com 1.570 km somente no Estado do Pará.


Estado: Pará / BR: 230

Resultado 
Alerta Trecho Km Condição Obs
DIV TO/PA (INÍCIO TRV RIO ARAGUAIA) – ENTR BR-153(B)
0 ao 77,4
– Do Km 0,0 ao 12,0 revestimento primário. – Rodovia pavimentada do km 12,0 ao km 152,0. – Entr. Palestina (km 0-20,2), Entr. Brejo Grande (km 20,2-24,8), Vila Santana (km 24,8-46,9), Entr. São Domingos (km 46,9-73), Entr. São João (km 73-79,6)
ENTR BR-153(B) – RIO CAJAZEIRAS
77,4 ao 194,7
Pavimentado até o km 152,0, restante em revestimento primário. Entr. São João (km 73-79,6), Vila 31 de Março (km 79,6-98), Marabá (km 98-124), Entr. Itupiranga (km 124-168-7)OI
RIO CAJAZEIRAS – ENTR BR-422
194,7 ao 308,7
– Rodovia em revestimento primário.
ENTR BR-422 – RIO ARATAÚ (DIV R2-4/R2-5)
308,7 ao 391
– Rodovia em Revestimento primário. -Km-345,3 Vila Maracajá; Km-391,0 Rio Arataú
RIO ARATAÚ (DIV R2-4/R2-5) – ENTR PA-167(B)
391 ao 642,9
segmento com tráfego bom, equipamento atuando entre os km 424,10/447,20, e entre os km 571,0/589,80. Pacajá (km 414), Anapú (km 414-495), Travessia de Balsa Rio Xingú, Belo Monte (km 495-571), Altamira (km 571-643)
ENTR PA-167(B) – MARIZEIRA (DIV R2-5/R2-6)
642,9 ao 851
– No segmento entre os km 728,0/ 851,0 o tráfego encontra-se bloqueado, equipamento atuando entre os km 812,80/817,00. Atenção: tráfego bloquado no km 812,80 Ponte sobre Ig. Uruará pelo Movimento dos Agricultores Rurais. Altamira (km 571-643), Brasil Novo (km 643-680), Medicilândia (km 680-727), Uruará (km 727-833), Rurópolis (km 833-984)
MARIZEIRA (DIV R2-5/R2-6) – AFLUENTE RIO CURUÁ-UNA DO SUL
851 ao 906
– Tráfego bom.
AFLUENTE RIO CURUÁ-UNA DO SUL – ENTR BR-163(A) (RURÓPOLIS)
906 ao 984
– Tráfego bom, Equipamento atuando entre os km 894,0/906,0.
ENTR BR-163(A) (RURÓPOLIS) – INÍCIO TRAVESSIA RIO TAPAJÓS (MIRITUBA)
984 ao 1129
* Do km 984,0 ao km 1.211,80, pista em pavimento terroso com bom estado de conservação, tráfego fluíndo normalmente. Rurópolis, Mirituba (km 984-1.129)
INÍCIO TRAVESSIA RIO TAPAJÓS (MIRITUBA) – IGARAPÉ NAMBUAÍ
1129 ao 1211,8
*Do km 1.129,80 ao km 1.211,80, pista em pavimento terroso, com bom estado de conservação, tráfego fluíndo normalmente. Mirituba, Itaituba, Jacareacanga
IGARAPÉ NAMBUAÍ – IGARAPÉ MONTANHA
1211,8 ao 1296,6
– trecho em pavimento terroso, tráfego fluíndo com dificuldades.
IGARAPÉ MONTANHA – IGARAPÉ MISSÃO
1296,6 ao 1371,8
– Pista em pavimento terroso com bom estado de conservação, tráfego fluíndo normalmente.
IGARAPÉ MISSÃO – IGARAPÉ PRETO
1371,8 ao 1478
– Pista em pavimento terroso com bom estado de conservação, tráfego fluíndo normalmente.
IGARAPÉ PRETO – DIV PA/AM (PALMARES)
1478 ao 1569,5
– Pista em pavimento terroso com bom estado de conservação, tráfego fluíndo normalmente. Jacareacanga, Palmares

Legenda:  Boa Viagem  Atenção  Cuidado  Sem Informação

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