Hoje, dia 21/9/10, ocorreu mais um problema no Metrô-SP.

Com os ocorridos nos trens da CPTM, são doze em apenas dois meses.

O caos de hoje (clique aqui para ler matéria no T1), segundo o Governador do Estado de São Paulo, Alberto Goldman, foi causado por uma blusa que travou o fechamento de uma das portas, paralisando todo o sistema.

O governador disse que é estranho que isso tenha ocorrido e deixou no ar uma hipótese de sabotagem com fins eleitorais.

Vamos analisar os fatos de forma racional:

1. Será o sistema metroviário tão frágil e tão inseguro que é incapaz de reagir ao travamento de uma porta, levando à paralisação de todo o sistema, provocando a ira dos usuários com a consequente depredação dos veículos?

2. Se foi um ato de sabotagem – com fins eleitorais -, deve ter sido um fato único. Foi? A resposta é: não. Este foi o 12º incidente nos trens da CPTM e no Metrô-SP, em apenas dois meses.

3. É plausível que militantes de partidos de oposição ao atual governo estadual tenham conseguido realizar uma série de doze intervenções no sistema metroviário para prejudicar o candidato do governo de SP? Se for, é porque o sistema é muito vulnerável. Ou não?

4. Se forem considerados os incidentes registrados apenas de agosto a setembro deste ano, a média de problemas é de um a cada 3,6 dias. É crível que algum partido político tenha capacidade de gerar essa frequência de problemas?

5. Matéria do Uol relata cada um desses doze problemas e informa as causas de cada um deles (clique aqui): falha na alimentação de energia elétrica (vários); problemas de tração; falha em equipamento na estação Paraíso; invasão de caminhão na passagem de nível; problemas em portas; sinalização deficiente; raio no trilho.

Pelo visto há causas fortuitas e problemas relativos à gestão ineficiente para emergências quando o problema ocorre.

Em uma frase: não há planos de contingência!

Como consequência, cada vez que ocorre um problema, a CPTM e o Metrô-SP são incapazes de reagir para minimizar os danos e evitar o caos. É simples assim.

Falar em sabotagem com fins eleitorais é subestimar demais a nossa inteligência.

José Augusto Valente – Diretor Técnico do T1


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