Esse é o título de post de Paulo Henrique Amorim, no seu blog Conversa Afiada.
Embora tenha sido publicado em 27 de novembro de 2007, está a cada dia mais atual.
Nele, há alguns dados interessantes (Domingo Espetacular, da Record) e a proposta de pedágio urbano, sobre a qual vimos “martelando” como a primeira de uma série de medidas para reduzir o “apagão no trânsito de São Paulo”, que ocorre diariamente e sobre o qual só se fala das filas de 150 km de congestionamento, sem tratar o que é o dia-a-dia de milhões de cidadãos e cidadãs que moram, trabalham ou visitam a cidade.
Vejam alguns dados:
“. O Domingo Espetacular da TV Record, exibiu, neste domingo, dia 25 às 21h, uma reportagem sobre o engarrafamento em São Paulo.
. Numa leitura preliminar, a reportagem teve uma audiência de 12 pontos no Ibope.
. A reportagem mostra por que, no dia 14 de novembro de 2012, daqui a cinco anos, véspera de feriado, às 19H, haverá o “engarrafamento final”, o “engarrafamento do apocalipse” – a soma das ruas engarrafadas na cidade de São Paulo chegará a 500 km.
. Ou seja, mais do que uma viagem do Rio a São Paulo.
. São Paulo emplaca 700 carros novos POR DIA !
. A indústria automobilística nunca vendeu tanto carro como em 2007.
. Para tudo ficar COMO ESTÁ, segundo o urbanista Candido Malta, São Paulo precisaria construir oito avenidas Faria Lima por ano, PARA FICAR TUDO COMO ESTÁ.
. São Paulo constrói, quando não há nenhuma cratera (*), um quilômetro de metrô por ano.
. Precisa de 150 km.
. São Paulo pode esperar 150 anos ?”
Sobre a proposta de pedágio urbano:
“. Segundo Malta, a saída é cobrar DOIS DOLARES POR DIA de quem entrar no centro expandido de São Paulo e usar o dinheiro para construir o metrô, mais rápido.”
Recentemente, recebi msg de um leitor, afirmando que a proposta é absurda e que, primeiramente, tem que ampliar o metrô para só então criar as restrições de circulação de automóveis.
Com todo o respeito à essa opinião, acreditamos que não há a mínima possibilidade de esperar mais um ano sequer para implantar essa medida.
Junto com ela, outras medidas têm que ser adotadas:
- Ampliação dos corredores exclusivos para os ônibus;
- Implantação de ciclovias e de sistema similar ao Velib de Paris;
- Aumento das tarifas de estacionamento nas áreas mais adensadas da cidade e que são cobertas pelo Metrô;
- Estímulo à redução das tarifas de táxi.
Quanto às obras do Metrô – que precisam ter mais volume e ritmo do que tem hoje -, infelizmente, só terão eficácia (produção de resultados) no médio e longo prazo.
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