
(Clique aqui para ler os posts anteriores sobre “As Estatais no setor Transportes”)
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Principais desafios do modal ferroviário
· Expansão da malha nas regiões Norte/Nordeste/Centro-Oeste, com interligação aos principais portos dessas regiões
· Interligação ferroviária dos portos de Santa Catarina
· Execução de contornos de cidades, dando maior fluidez ao deslocamento de cargas
· Segregação da via férrea nos cruzamentos com vias urbanas; há cerca de mil situações desse tipo a resolver
· Implantação de ligações aos principais aeroportos
· Implantação de trens regionais de passageiros – aproveitando as vias existentes – e de linhas de trens de alta velocidade entre as capitais dos Estados, desenvolvendo conhecimentos nessa área, para se tornar referência na América Latina
· Implantação de ligações para os países da América do Sul, no âmbito da IIRSA – Iniciativas de Integração das Infra-estruturas da Região Sul-Americana
O papel que a VALEC pode representar na logística ferroviára de cargas e de passageiros
Uma das propostas que começamos a elaborar, quando titular da Secretaria de Política Nacional de Transportes/MT, é a criação de uma única Empresa Pública Federal, oriunda da fusão da VALEC – Engenharia e Construções Ferroviárias S.A., da Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU, dos Trens Urbanos de Porto Alegre – TRENSURB, unificando o Subsetor Ferroviário sob o controle da União, com as seguintes atribuições:
· Conduzir o processo de implantação das novas ferrovias e de serviços ferroviários de cargas e passageiros no País, inclusive no que diz respeito ao transporte de alta capacidade nas regiões metropolitanas, os trens regionais intermunicipais e os de alta velocidade;
· Promover a gestão das operações ferroviárias de cargas e passageiros, incluindo os serviços necessários para sua operacionalidade, direta ou indiretamente, onde necessário;
· Planejar as instalações de novas linhas e serviços de transportes de cargas e passageiros de alta capacidade e velocidade, observando as necessidades existentes e propondo alternativas futuras;
· Coordenar e acompanhar o processo de transferência de novas tecnologias à indústria nacional e às operadoras de sistemas e serviços, que aqui se estabelecerem.
· Promover estudos para integração dos transportes ferroviários com os demais modais de transportes, propondo soluções para a minimização dos custos logísticos;
VANTAGENS:
· A agregação das empresas concentrará conhecimentos sobre os sistemas ferroviários, material rodante, indo além da infra-estrutura, necessários ao desenvolvimento, análise e implantação de novos projetos;
· A CBTU e TRENSURB tem experiência na nacionalização de tecnologia e desenvolvimento de fornecedores no Brasil;
· As empresas têm atribuições de desenvolver estudos de transportes sobre trilhos, seja de cargas e passageiros, inclusive de sistemas urbanos e de alta velocidade;
· Esta nova empresa atenderia ao vazio decorrente da falta de um ente específico para dar suporte técnico aos municípios e regiões metropolitanas, com expertise na implantação de serviços de trens urbanos, metropolitanos e regionais.
· A VALEC tem experiência na construção de grande linhas, na desapropriação de áreas e no relacionamento com o meio ambiente;
· A constituição de tal empresa dispensaria a criação da ETAV (específica para o trem de alta velocidade), pois assumiria o papel de conduzir o processo de implantação, desapropriação e de transferência de tecnologia.
(no próximo post, escreveremos sobre o DNIT)
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