
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) transformou-se no principal alvo de críticas do relatório da organização do Fórum Econômico Mundial, elaborado em conjunto com a Fundação Dom Cabral, sediada em Belo Horizonte.
Mobilidade, Logistica e Transportes
Blog de José Augusto Valente
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5 respostas para “PAC é alvo de críticas no relatório da organização – os erros desse relatório”.
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Sr Valente, bom dia.
Vi sua resposta ao meu comentário no Blog do Nassif.
Está coberto de razão. Percebi o meu engano.
Muito obrigado e parabéns pelo blog.
Tornarei-me um frequentador assíduo.
Grande abraço,
Chico Pedro.
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UM VIÉS POLITICO !
A Fundação Dom Cabral, com origem em Minas Gerais, apresenta, por um de seus denominados estudiosos, Paulo Resende, uma perspectiva de enorme descompasso entre os investimentos concentrados do PAC e efetivamente necessários a um ritmo de crescimento esperado entre 4 e 5%. Isso tudo estaria muito bom, não fosse um viés político subjacente e percebido nas vinculações de alguns importantes vocalizadores do anunciado estudo, a CNT e a Dom Cabral.
Nesse sentido, num primeiro momento, temos a CNT com seu presidente, o Sr. Clésio Andrade, vinculado ao Sr. Marcus Valério, vice-governador de Minas Gerais nos mandatos de Eduardo Azeredo e Aécio Neves, ambos do PSDB. E, hoje, suplente do senador Eliseu Resende (DEM) que foi amparado e apoiado ostensivamente pelo Governador Aécio Neves.
………. Fonte: http://www2.pgr.mpf.gov.br/arquivos-de-denuncias/Inq_2280_denunciaazeredo_cota.pdf
………. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u63674.shtmlEm segundo momento, temos a própria Dom Cabral de onde provém uma profunda e estreita vinculação com o atual governo de minas, haja vista que o Programa de Desenvolvimento dos Gestores Públicos – PDG MINAS 2009 tem realização do Governo de Minas, através da Seplag em parceria com a Fundação Dom Cabral e conjuga a participação de gestores efetivos de 48 órgãos e entidades. Há, portanto, um entranhamento da Dom Cabral no governo de minas e vice-versa.
Não obstante os vínculos apresentados, há que se considerar os aspectos intrinsecamente provincianos incutidos no universo do ideário mineiro e, também, nos discursos apresentados como científicos.
Senão vejamos primeiramente no discurso de Paulo Resende na Revista Tecnologística Junho/2004 nº 47, pg 04 em dois breves excertos: “São belos exemplos dados pela operadora TNT, pela transportadora Sada e pelo entreposto Usifast, com pioneirismo no just-in-time e milk run em Minas” (…) “Está na hora de exportarmos a cereja do bolo, cargas de grande valor agregado, e há espaço para operadores logísticos paulistas e mineiros concorrerem no atendimento deste pólo. E Minas está em desvantagem, porque São Paulo tem estradas, portos e aeroportos para atendê-los melhor”. A fala está desprovida de cientificidade, por apresentar-se mais como um ufanismo provinciano e um chamamento, uma conclamação. Enfim, um discurso político.
….. Fonte: http://www.cesa.com.br/img_not/CLI_FILE_DOWN69200484103AMticaNum outro momento, Emerson de Almeida, presidente da Fundação Dom Cabral, num artigo intitulado “O Choque de Gestão e seus desafios: um balanço positivo” apresenta: “Inicialmente, inovou-se ao definir uma agenda estratégica de governo numa perspectiva de longo prazo, a partir de uma visão de futuro inspiradora – “Minas, o melhor estado para se viver” – e de um conjunto de compromissos mobilizadores (metas e projetos) organizados em áreas de resultados.”. Uma declarada visão ufanista provinciana estertorizada de modo pouco científico para uma instituição que possui a Missão de “Contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade por meio da educação e capacitação de executivos, empresários e empresas”. E nas palavras do próprio presidente: “TRABALHAR COM AS EMPRESAS E NÃO SOMENTE PARA ELAS, ESSA É A FILOSOFIA DA FDC. Parceria. Comprometimento. Utilidade. É assim que a Fundação Dom Cabral busca construir o saber lado a lado com as empresas, desenvolvendo soluções educacionais que atendam às suas necessidades cotidianas e futuras.” Enfim, atender às necessidades das empresas, dos clientes e, por consequência natural, do cliente governo de minas.
………. Fonte: http://www.fdc.org.br/pt/blog_gestaopublica/Lists/Postagens/Post.aspx?ID=5
………. Fonte: http://www.fdc.org.br/pt/sobre_fdc/Paginas/missao.aspx
………. Fonte: http://www.fdc.org.br/pt/sobre_fdc/Paginas/mensagem_presidente.aspxDisso e a partir da visão de futuro do Governo de Minas, “Minas, o melhor estado para se viver”, subjaz um viés político com alterar do modo de pensar, até mesmo, do estudioso. Atinge-se o ponto de o cidadão mineiro acreditar piamente em frases ininterruptamente difundidas na mídia como “a melhor energia”, “a melhor água”, “o melhor governo”, enfim a melhor tudo. Há uma difusão deste ufanismo provinciano no qual os mineiros sentem-se vinculados e, por associação, sentem-se “os melhores”. Minas é isso, logo eu sou isso, todos os mineiros somos isso, “somos os melhores”.
E, nesse mister de tornar realidade aquilo em que se crê ou que se quer que creiam, articulistas em todos os cantos irrompem com fundamentações para destruir tudo o quanto possa mostrar o contrário e repetir o uníssono “Minas, o melhor estado para se viver”. O Big Brother de 1984 é uma realidade incontesta em Minas. E, nesse momento, em 2009, inicia um extravazamento para o âmbito nacional. E, ao constatar-se que a política do governo federal tem sido suficiente para permitir crescimento e desenvolvimento em todo o país e não tão somente em Minas, bem como o PAC apresenta-se como uma efetiva resposta a diversas necessidades do país, tem-se a desmistificação da supremacia mineira. De fato, constata-se que Minas é tão e somente mais um estado na estrutura do país, um estado grande, mas tão e somente mais um estado, irrompe-se uma estratégia de desconstrução do PAC à semelhança de articulistas paulistas.
Proferir discursos e incutir idéias de que o PAC é incapaz ou inepto serve a quem? Ante os vínculos apontados e verificados, ante a reunião de governo de minas, fundação dom cabral e cnt, estabeleço correlações muito singelas e fáceis. Neste caso, há um viés político que visa destruir a imagem do PAC para, num segundo momento, imbuído de senhor da verdade, apresentar o “CHOQUE DE GESTÃO”, O ELEITO no umbigo de minas, o Aécio cujo vice foi o Clésio da CNT.
Enfim, em meu discurso subjaz um viés político.
Em Minas, há……….. “A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO”.
Em Minas, há……….. um repetir em uníssono……. “MINAS, O MELHOR ESTADO PARA SE VIVER”.
Em Minas, o……….. BIG BROTHER, DE 1984, DE GEORGE ORWELL, É UMA REALIDADE INCONTESTA EM MINAS.
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Caro Augusto
Há poucos dias tomei conhecimento de seu blogue, gostei muito, ele me fornece conhecimentos que aqui estão concentrados de uma forma também critica. Já está nos meus favoritos.
Parabéns
SaudaçõesCurtirCurtir
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Apolo
Esta sua mensagem é bastante infeliz sob vários aspectos, vai me desculpar.
A Fundação Dom Cabral é tratada como um apêndice do Governo de Minas.
Como uma máquina de propaganda disposta a achincalhar o maior programa de desenvolvimento do Governo Federal.
Todavia, muito antes dessa aproximação com o Estado a Fundação Dom Cabral já era considerada uma das melhores escolas de executivos da América Latina.
Não sou um funcionário dela. Mas como mineiro, sinto-me orgulhoso como se sentiria um pernambucano, um gaúcho ou um paulista se a mesma estivesse localizada em qualquer um desses estados.
O que mais me deixou constrangido, entretanto, foi essa história de “supremacia mineira”.
Trata-se de uma bobagem sem tamanho.
Se o Estado define como meta alcançar o melhor posto de desenvolvimento entre os demais entes federativos isso deve ser motivo de crítica?
Será que eles deveriam definir, portanto, o segundo posto? Se os baianos escolherem a mesma meta os mineiros os processarão pela quebra de exclusividade?
Se o Governo Federal definir como meta o nosso país figurar com o melhor índice de desenvolvimento econômico dentre todos os outros também merecerá uma reprimenda desse tipo?
Ademais, a CEMIG é sim uma das melhores empresas de energia do país. É um problema dizer no slogan “a melhor energia”? Isso incomoda tanto assim?
Tudo isso serve para a “supremacia mineira”?
Sem contar essa repetição chata de “provincianismo”. Se formos, qual o problema? Se o seu estado é tão cosmopolita assim, diga qual é então, aí veremos.
Um abraço.
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Caro Valente
Achei interessante o eu texto. Entretanto, um ponto me chamou a atenção.
Quando você comenta nos items 7 e 8 do seu texto, que o PIB quase duplicou em 5 anos, e cita que o comércio exterior triplicou em 5 anos, estes números podem ser considerados bons? Ou caso a infra de logística no Brasil fosse melhor, poderíamos ter crescido mais no mesmo período, considerando por exemplo nossas potencialidades e o crescimento do mundo como um todo?
Como profissional da área de logística, não com a experiência do senhor e de outros citados no texto, tenho o sentimento de uma logística com grandes restrições no Brasil, por isso o meu questionamento.
Atenciosamente,
Leandro Bustamante
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