A Azul Linhas Aéreas espera começar a vender passagens dentro de dez dias e, a partir de 15 de dezembro, iniciar a operação no País com quatro vôos partindo do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e destinos em Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Vitória (ES).

O diretor executivo da empresa, David Neeleman, prometeu que a empresa terá faixas tarifárias com preços inferiores ao valor cobrado em viagens de ônibus para o mesmo trecho.

Em março deste ano, Neeleman anunciou a criação da Azul no Brasil. Com capital de US$ 200 milhões, a empresa tem encomendas firmes de 36 jatos da Embraer e mais 40 opções de compra.

Leia a matéria completa no site Terra Economia

A matéria prossegue com uma entrevista com o brasileiro David Neelemann, dono da Azul e um dos maiores empresários da aviação comercial dos EUA, com a Jet Blue.

Destaco alguns itens importantes da entrevista:

Nossa tarifa mais barata entre Campinas e Salvador custará menos do que uma passagem de ônibus, no valor de R$ 218.

O mercado brasileiro de aviação deve crescer em 2009 mais do que os 6% previstos. Aqui (a médio e longo prazos), o mercado deve ser duas a três vezes maior do que é hoje.

Infelizmente, vai demorar para a gente operar em Congonhas. (…) Depois do acidente horrível com o avião da TAM, há pouco mais de um ano, o governo teria de fazer alguma coisa. Então eles baixaram o número de vôos em Congonhas. De fato, o acidente não tinha nada a ver com isso. Nada a ver com a pista.

Todo mundo fala sobre os problemas de infra-estrutura no Brasil, mas ninguém sabe o que é isso. Eu levo vocês para Nova York para vocês verem o que é problema de infra-estrutura. No verão, à noite, tem mais aviões esperando para decolar do que em todo o Brasil. Tem mais de 250 aeronaves esperando quatro horas para sair.

Por que tem esse movimento num País em quase ninguém voa de avião? Porque tem os aeroportos que a gente quer, tem serviços, tem 78 vôos por dia (entre Rio e São Paulo). E ainda tem tarifas muito altas!

Destaco, entre os destaques, a informação de que caos aéreo existe mesmo é nos EUA (e na Europa, diria eu) e não no Brasil, conforme mostram posts publicados neste blog.

Quanto à participação da Azul no mercado brasileiro, dois destaques: a frota composta unicamente por aviões da Embraer; e tarifas mais baratas do que as dos ônibus.

Para a Embraer e para o país, um reforço para re-introduzir seus aviões na aviação comercial brasileira, após um início bem sucedido dos Jet Class da Rio-Sul. Sem contar os turbo-hélices Bandeirantes, que ainda voam regionalmente, especialmente na Amazonia.

Quanto às tarifas, a Gol quando começou suas operações também tinha tarifas mais baratas do que as de ônibus. Com o crescimento do seu “market-share”, os custos aumentaram muito e ela não conseguiu manter o patamar anterior.

Mesmo que a Gol não tivesse adquirido a Varig, ela dificilmente manteria tarifas compatíveis com os custos decorrentes da necessidade de atender o crescimento de passageiros a uma taxa anual em torno de 5%.

Esperamos que o mesmo não ocorra a Azul.

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Uma resposta para “Diretor da empresa aérea Azul promete tarifas inferiores às de ônibus”.

  1. Avatar de Serginho

    Oi Valente!Ótima matéria!!!Para nós que vivemos voando, pode representar uma alternativa. Espero que outra empresa não tenha que quebrar para que esta possa se estabelecer no mercado.Abs,Sergio Ricardo

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