O fabricante do barco solar é o empresário mineiro Fernando Garcia, que vive há 30 anos em Manaus. Garcia, sócio de uma empresa que produz estações de tratamento de esgoto, diz que teve a idéia de fazer um protótipo do barco solar há um ano e meio. Ele acrescenta que o projeto é pioneiro no Brasil, mas dez países já testaram a tecnologia, entre eles Inglaterra e Noruega.
O Seisuí atinge a velocidade de 25 quilômetros por hora, semelhante à de um pequeno barco tradicional na região, equipado com motor a diesel de15 hp e com dez toneladas de peso. A vantagem do modelo solar, segundo Garcia, é o peso. Como o casco é feito em alumínio, o Seisuí pesa apenas 250 quilos.
O construtor do Seisuí aponta outra vantagem do protótipo para os rios da região. ” Além da energia alternativa, é uma embarcação extremamente segura, muito difícil de naufragar e praticamente impossível de virar. Nós estamos precisando de novas tecnologias nessa área aqui no Amazonas”.
Garcia diz que o projeto tem despertado interesse, e 22 barcos já foram encomendados. Entre os pedidos, há dois hotéis na selva amazônica, uma prefeitura do Sul do país, que quer disponibilizá-lo para passeios turísticos em lagos. Há também um pedido do barco para o monitoramento da qualidade de meio ambiente no Pantanal Matogrossense.
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Eu vivi quase um ano, no Amapá, em Porto Grande, cidadezinha às margens do Rio Amapari, e me desloquei muito de barco. A partir dessa experiência aprendi o valor desse modal.
Um barco desse tipo, movido a energia solar, tem altíssimo valor numa região cujas estradas são os rios e igarapés.
Esperamos que a moda pegue e, quem sabe, no futuro, essa fonte de energia possa ser utilizada nos empurradores de balsas que movimentam gigantescos volumes de cargas na Região Amazônica.
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