Empresários do setor portuário e de Logística defenderam uma solução “imediata” para ampliar a capacidade operacional do Porto de Santos, já que os projetos de novos terminais hoje debatidos só deverão ser implantados na próxima década.

O assunto foi discutido na manhã de ontem, no encerramento do 5o Simpósio Internacional de Gestão em Ambiente Portuário (Sinap), promovido pelas universidades Católica de Santos (UniSantos) e Santiago de Compostela (da Espanha), em parceria com A Tribuna.

De acordo com o diretor de operações da operadora portuária Santos-Brasil S.A. (arrendatária do Tecon), Antonio Carlos Sepúlveda, o Porto de Santos deveria desenvolver um plano para as instalações que estão em funcionamento neste momento, tanto de contêineres como de granéis.

Sepúlveda explicou que são necessárias medidas para que o porto possa atender o crescente movimento do comércio exterior brasileiro nos próximos cinco anos. “Acredito que a solução seria que os terminais fossem estudados e se tentasse aumentar a capacidade de cada um, com reaparelhamentos e redimensionamentos, para que a demanda do Estado de São Paulo não fique desassistida neste período”.

Novos sistemas de informações, que podem melhorar a gestão da cadeia logística, também foram debatidos durante a mesa-redonda de ontem.

A superintendente técnica da AssociaçãoBrasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), Germaine Robinson, apresentou o projeto Info Porto Brasil, que pretende contribuir para a redução do tempo de permanência das cargas nos portos. “A nossa intenção é otimizar o processo logístico, através de um sistema novo e moderno de controle verdadeiro do comportamento dos produtos movimentados”.

A implantação da primeira fase do projeto Porto sem Papel, da Secretaria Especial de Portos (SEP), até novembro do próximo ano, foi destacada pelo representante da instituição, Kleber Toledo.

O primeiro item a ser concretizado é a janela única, um canal eletrônico de comunicação dos portos com os órgãos governamentais responsáveis pelo despacho de mercadorias e navios, como a Alfândega (Receita Federal) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Leia mais no site do Porto de Santos

O aumento da capacidade de operação nos portos públicos pode ser feita, nas atuais instalações, como ficou demonstrado nesse seminário.

Dragagem, aumento de berços, novos equipamentos, melhorias nos sistemas, são medidas possíveis de realizar no curto e médio prazo.

Além disso, os projetos de expansão do porto público em andamento, como Barnabé-Bagres, no mínimo, duplicarão a capacidade do porto de Santos.

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