Um ano depois de ter realizado leilão para conceder à iniciativa privada sete trechos de rodovias federais no Sul e no Sudeste, o governo voltará a colocar estradas em licitação, desta vez na Bahia e em Minas Gerais. Na próxima quarta-feira, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deverá publicar o edital do leilão de 640 quilômetros dos trechos baianos das rodovias BR-116 e BR-324 (imagem ao lado).

Em entrevista ao Estado, o presidente da ANTT, Bernardo Figueiredo, disse que o leilão será realizado no dia 1º de dezembro, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O vencedor terá o direito de operar os dois trechos das rodovias, que ligam Salvador a Feira de Santana e a divisa da Bahia com Minas Gerais. Vencerá a disputa o investidor que se propuser a cobrar a menor tarifa do pedágio, com um preço-teto fixado em R$ 2,80.

Mais concessões – Logo no começo de 2009, o governo deverá realizar mais um leilão de concessão de rodovias. Dessa vez, serão oferecidos três trechos rodoviários que cruzam Minas Gerais e somam 2 mil quilômetros de extensão.Segundo Bernardo Figueiredo, o edital deverá ser publicado em janeiro e a licitação ocorrerá em março do ano que vem.

Estarão em disputa os 937 quilômetros da BR-040, de Brasília a Juiz de Fora; os 300 quilômetros da BR-381, de Belo Horizonte a Governador Valadares; e os 817 quilômetros da BR-116, da divisa de Minas Gerais com a Bahia até a divisa de Minas com o Rio de Janeiro.

Leia mais no site da NTC&Logística

Essa matéria publicada no site NTC&Logística é do jornal O Estado de São Paulo.

Nela, nenhuma referência de alegria de um veículo de comunicação, que passou anos criticando o presidente Lula afirmando (com base em nada objetivo) que ele era ideologicamente contra as concessões rodoviárias.

Veio a licitação da concessão dos sete lotes, que foi um sucesso retumbante, e nenhum elogio, muito menos auto-crítica do Estadão.

Agora, virão novas licitações de concessões rodoviárias, que sempre foram explicitadas pelo jornal como a “salvação da lavoura”.

Não só não expressa alguma satisfação, como faz uma implicância típica de quem faz “política rasteira”.

Informa aos leitores que “A liberação do edital deste leilão, porém, está atrasada, se for comparada com a previsão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No último balanço do programa constava que o edital seria publicado até o fim de julho. Além disso, a expectativa era de que o leilão ocorreria até o fim de setembro.”

Qual a relevância desse comentário rasteiro? Historicamente, qual a diferença entre setembro e dezembro ou janeiro? Daqui a vinte anos, quanto se estiver avaliando o governo Lula, qual o peso dessa ridícula diferença?

Além do mais, será que o Estadão não sabe (ou não quer informar aos seus leitores) que na Administração Pública – o que não ocorre na administração privada – há outras instituições que interferem nos prazos? O TCU, por exemplo…

Tirando os comentários de baixo nível jornalístico, o conteúdo é muito relevante. Rodovias com importância estratégica para o país serão concedidas e, portanto, aliviarão o Tesouro dessas despesas, permitindo que o DNIT, cada vez mais (como temos mostrado aqui neste blog), se ocupe das rodovias de médio e baixo volume de tráfego, que têm importância regional ou local, e que foram abandonadas durante muitos anos, até 2005, quando o Ministério dos Transportes, voltou a ter capacidade de investimento, permitindo a recuperação e a ampliação da malha rodoviária federal.

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