
A Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco) iniciou os preparativos para o licenciamento ambiental do alcoolduto que será construído entre o Centro-Oeste e o Porto de Santos.
A empresa está debatendo com o Ibama a elaboração do termo de referência, instrumento que irá nortear o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA-Rima) do empreendimento.
Orçado em US$ 1 bilhão, o projeto da Brenco prevê a implantação de um duto ao longo de 1.120 quilômetros, que sairá doAlto Taquari, em Mato Grosso, e fechará o ciclo de escoamento em um terminal de líquidos no Porto de Santos.
A tubulação poderá transportar até 4 milhões de metros cúbicos ou 3,1 milhões de toneladas de álcool até o complexo portuário. O projeto contempla ainda a construção de seis terminais ao longo do percurso. A partir deles será possível bombear o produto ao porto.
Fonte:
site do Porto de Santos.
Segundo dados colhidos no site da Brenco, a rota escolhida conecta Alto Taquari a Santos, passando pelos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (bases de Costa Rica e Paranaíba), Minas Gerais e São Paulo (bases de São José do Rio Preto e Paulínia).
Serão seis terminais, sendo quatro recebedores (Alto Taquari, Costa Rica, Paranaíba e São José do Rio Preto), um recebedor/expedidor (Paulínia) e um exportador (Santos), com capacidade de 4 milhões de m3/ano. O duto será um dos maiores do país.
Ainda segundo o site, a safra 2011 já será escoada através do duto, período que marca o início do crescimento das exportações.
Ilustramos este post com um mapa de alcoodutos existentes e projetados. Neste mapa ainda não consta o projeto da Brenco.
Isso mostra a presença e o potencial desse modal (dutoviário), no transporte de granel líquido (óleoduto e alcooduto) e sólido (mineroduto), retirando cargas das rodovias e ferrovias, que têm menor eficiência e maiores custos.
Cabe aqui um questionamento: haverá economia de escala se cada grande grupo alcooleiro construir e operar o seu próprio alcoolduto, paralelamente a outros já implantados?
Clique aqui e leia o que já publicamos sobre o modal dutoviário
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