Em um momento em que os empresários do setor de transporte urbano enfrentam perdas significativas na demanda – nos últimos oito anos os passageiros de ônibus diminuíram em 30% -, além da forte elevação nos custos operacionais, em que os gastos com o diesel passaram de 9% para 26%, as empresas reivindicam uma responsabilidade maior por parte do Governo Federal.

Elas querem não só nos aportes em infra-estrutura, mas também no auxílio para ampliação das linhas de crédito, estimulando, por exemplo, a renovação das frotas. A princípio serão beneficiadas as cidades que devem sediar a Copa de 2014, porém Fortes garante que as demais também receberão recursos ao longo do projeto.

Na iminência da criação de um braço do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) exclusivo para fomentar ações que melhorem a mobilidade urbana, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, anunciou a um grupo de empresários do setor, em Brasília, que será destinado R$ 1 bilhão para o segmento, verba aprovada com recursos oriundos do Fundo de Garantia, pelo programa denominado Pró Transporte.

“A intenção é incentivar mais obras de corredores e vias expressas para ônibus, bem como estimular a instalação de mais veículos leves sobre trilhos (VLTs), além da criação de um fundo para a renovação das frotas”, comentou o ministro, ao DCI.

Leia mais no site da NTC.

Esses investimentos, se bem utilizados, poderão operar mudanças significativas no transporte público nas grandes e médias cidades.

Digo “se bem utilizados” porque há uma questão que precisa ser enfrentada com rigor, sem a qual a eficácia desses investimentos poderá ser muito baixa.

Trata-se do crescimento dos automóveis em circulação, sem nenhuma medida restritiva, o que acarreta restrição maior para o transporte público.

As vias urbanas são inelásticas. O que significa que automóveis particulares, ônibus, motocicletas, bicicletas e táxis disputam um mesmo espaço finito, limitado.

Para melhorar a fluidez dos ônibus há que restringir a dos automóveis.

Medidas como pedágio urbano (com a receita retornando para a melhoria do transporte público), restrições de estacionamento nas áreas mais congestionadas, rodízio, vias exclusivas para ônibus e ciclovias ajudam a melhorar muito o transporte e o trânsito nas grandes e médias cidades.

De qualquer forma, o governo federal está fazendo a sua parte, através do Pró-Transporte e de outros programas no âmbito do Ministério das Cidades, como o Bicicleta Brasil, o Brasil Acessível, o Programa de Mobilidade Urbana e o Pro-Mob.

Com a palavra as Prefeituras e Governos Estaduais…

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