A eliminação de gargalos na infra- estrutura e a redução nos custos de transporte internos teriam maior impacto para aumentar a competitividade brasileira nas operações de comércio exterior do que qualquer acordo internacional.

Estudos desenvolvidos pelo Centro de Excelência em Logística e Cadeias de Abastecimento da Fundação Getulio Vargas e levantamentos realizados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) convergem para o mesmo ponto.

A eliminação de gargalos internos aparece como elemento mais importante para os exportadores do que as barreiras não-alfandegárias e os acordos multilaterais.


Segundo Sandra Rios, consultora da CNI, “não tem negociação internacional que produza os resultados que uma melhora na infra- estrutura física pode gerar”.

Os investimentos em infra- estrutura no País, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), ainda estão em patamares baixos. A taxa brasileira é de 2,3% em relação ao PIB, enquanto um país menos rico, como a Tailândia, investe 15,4%. A Índia detém uma proporção de 5,6% do PIB.

Os comparativos entre o Brasil e outros países têm de ser analisados com cuidado, na avaliação de Aloisio Tupinambá Gomes Neto, assessor especial da Câmara de Comércio Exterior (Camex). “Os números (de investimentos brasileiros) têm sido subestimados”, afirma.

Há muitos investimentos em estradas, que beneficiam as exportações, feitos por meio do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) porque representam uma venda externa de serviços de empresa brasileira. “Esses dados dificilmente entram nos levantamentos do Banco Mundial”, assinalou.

Leia mais no site da NTC.


A coisa mais absurda que existe é comparar valores de investimento em relação ao PIB, como fazem muitos “especialistas”.

As necessidades de investimento são completamente diferentes em função de fatores como estágio atual da economia em termos de complexidade, adensamento populacional, perfil da produção e do consumo, entre outros.

No caso brasileiro, só se computa o que o Governo Federal investe e, mesmo assim, nas rubricas do Ministério dos Transportes.

O modal ferroviário e a operação portuária foram totalmente transferidos para a iniciativa privada. Então, há que buscar valores de investimentos no BNDES, por exemplo, e não só nas rubricas do MT.

Esse discurso de problemas na infra-estrutura esconde uma intenção oposicionista ao Governo Federal atual.

Na verdade, muitas coisas podem ser melhoradas, mas a principal, na minha opinião, é aumentar a eficiência das operações logísticas. Essa responsabilidade – sobre a qual ninguém fala – é dos empresários.

Na área do transporte rodoviário de cargas, vários empresários estão parando de reclamar do governo e indo à luta para conquistar maiores fatias do mercado, através do aumento da eficiência para gerar redução de custos.

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