Há uma revolução em curso no País: a mão-de-obra especializada, recém- formada e capacitada por uma universidade competente nunca foi tão requisitada pelo mercado de trabalho. Esse exemplo de movimentação histórica é perceptível no maior pólo formador de engenheiros, a Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP).

Lá, o vice-diretor da instituição, José Roberto Cardoso, conta que quase a totalidade dos alunos que se formaram no ano passado tinha propostas de trabalho ou já estava empregada – e os poucos que ainda não estão no mercado levarão um ou dois meses para ingressar nele.

É um salto tremendo, uma vez que até três anos atrás esse número era de 70% (e a colocação do restante demorava seis meses). “Eu mal recebi o diploma e nem peguei o CREA (certificado de registro do engenheiro) e já fui contratado”, conta o engenheiro civil paulista Ruy de Sordi, graduado no ano passado em outro centro de excelência na formação de engenheiros, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Leia mais no Blog do Alê

Este, e não o dinheiro, é o grande desafio para o crescimento do país. As empresas que tocam as milhares de obras em andamento no país estão encontrando dificuldade para contratar e MANTER seus trabalhadores mais qualificados, porque o mercado está altamente demandante.

O governo FHC desmontou a engenharia consultiva e construtiva deste país de tal forma, que não sabemos se teremos capacidade cognitiva e organizativa para atingir as metas necessárias e dar sustentação ao crescimento do PIB de 4 a 5% ao ano.

No início do governo Lula, o DNIT, órgão responsável por executar obras no montante de R$ 10 bi neste ano, tinha, na sede, pouco mais de 30 engenheiros. O governo abriu concurso e cerca de 500 profissionais entre engenheiros e técnicos foram contratados. Mesmo assim, ainda é pouco para o que é necessário.

No âmbito mais geral, ainda bem que, entre 2003 e 2010, estão e estarão em funcionamento mais 214 escolas técnicas e mais 10 novas universidades federais e 48 extensões universitárias.

Embora a Oposição chame isso de “gasto desnecessário” e não de “investimento estruturante”…

***


Descubra mais sobre Mobilidade, Logistica e Transportes

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Posted in

Deixe um comentário

Descubra mais sobre Mobilidade, Logistica e Transportes

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue lendo