As pistas de pouso dos aeroportos dos Estados Unidos apresentam um alto risco de acidente devido à falta de políticas federais e tecnologias adequadas, denunciou hoje o Escritório de Supervisão do Governo.
O Escritório, que é o órgão de investigação do Congresso, revelou em seu relatório que os controladores aéreos estão sobrecarregados de trabalho e que isto pode aumentar o risco de acidentes por colisão nas pistas.
A Junta Nacional de Segurança no Transporte, que investiga os acidentes de aviação, declarou a segurança nas pistas uma preocupação nacional de alto nível. Além disso, tem pedido à Administração Federal de Aviação (FAA) que melhore as condições de segurança.
O fato é que a aviação comercial de passageiros está com uma movimentação crescente, a partir de tarifas módicas para os usuários. Junte-se a isso o aumento do padrão de renda da população, como é o caso brasileiro, e passamos a ter um contingente de passageiros que nunca utilizaram esse modal.
No caso brasileiro, como este blog mostra todos os meses, a evolução do número de passageiros não vem acompanhado, na mesma proporção, do número de pousos e decolagens. As empresas aéreas brasileiras ainda têm capacidade ociosa para utilizar e o fazem através de inúmeras promoções, como a da Gol, atualmente, “cinquentinha, cinquentão”.
Nos EUA, nos períodos de pico de tráfego aéreo, existem cerca de 5 mil aeronaves no céu a cada hora. Isto se traduz em cerca de 50 mil aeronaves operando no céu diariamente (clique aqui para saber como é o controle de vôo, nos EUA). Pelo visto, está aumentando o número de pousos e decolagens. Daí o foco na sobrecarga dos controladores.
O que não ocorre no Brasil (sobrecarga dos controladores), apesar de intensa campanha da mídia oposicionista, após o acidente da Gol, no ano passado.
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