As Redes Transeuropeias de Transportes (RTET) obtiveram uma dotação de um pouco mais de 5 mil milhões de euros (para o período 2007-2013), entre 30 grandes projectos prioritários de transporte a ligar a Europa. Os projectos ferroviários absorveram a grande fatia destes fundos (3,9 mil milhões de euros, ou seja, 74,2 por cento).

Portugal apostou forte no projecto ferroviário de alta velocidade. A candidatura, respeitante a troços transfronteiriços sido feita conjuntamente com Espanha, para as ligações Évora-Merida, (da linha Lisboa-Madrid) e Ponte de Lima-Vigo (da linha Porto-Vigo) obteve 312,66 milhões de euros para estudos e trabalhos relativos ao troço Évora-Mérida e 244,14 milhões de euros para trabalhos da ligação Ponte de Lima-Vigo.

O último valor avançado pelo Governo para o custo total do projecto de alta velocidade em Portugal nas três ligações – Lisboa-Porto, Lisboa-Madrid e Porto-Vigo – é de 7,1 mil milhões de euros, pelo que o valor em sede de RTET não atinge sequer os 5%. A solução poderá, e deverá, ser a candidatura a outros fundos, que não os das RTET.

O novo aeroporto de Lisboa recebe uma comparticipação de pouco mais de 69 milhões de euros.

Especialistas do sector estimam que, tendo em conta a complexidade e o elevado número de projectos, os fundos do programa Redes Transeuropeias de Transportes deviam ser de 20 mil milhões, pelo que estamos perante uma dotação de apenas 25% do desejável.

Fonte: Cargo News Online

Trata-se de uma “ducha de água fria” nas intenções de Espanha e Portugal, para ampliação da rede européia de trens de alta velocidade, chegando ao Porto e a Lisboa.

Vamos acompanhar a evolução dos acontecimentos para ver se haverá uma saída para o financiamento ou se haverá mudança no conceito de alta velocidade para média velocidade, a custos bem inferiores.

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