Mobilidade, Logistica e Transportes

Passou estranhamente desapercebida entre nós a notícia da conclusão do primeiro troço (54,4 km) da ligação de alta velocidade Madrid-Badajoz.

O troço em questão situa-se entre Badajoz e Aljucén, portanto junto à fronteira portuguesa, e só a leitura de um artigo publicado a 3 de Setembro na revista “Líneas del trén”, edição da RENFE, permitiu aceder ao conhecimento deste facto.

A importância do assunto é significativa, não pela performance da exploração que agora se espera naquela ligação que, como veremos, é banal. Contará, mais efectivamente, a capacidade de condicionamento das opções em aberto a Portugal, através da afirmação da vontade do governo espanhol, dos apoios que possa continuar a colher entre alguns grupos de interesses portugueses e da disponibilidade das instituições europeias para pactuar ou não com políticas de facto consumado.

O artigo em questão torna logo claro que a velocidade permitida pelo investimento realizado não ultrapassa os 200 km/h, o que foi conseguido através do que se chama entre nós trabalho de modernização da linha pré-existente. Continua pois a dispor-se apenas de uma linha de via única, não electrificada, cujas características foram melhoradas, aplicando-se materiais novos (essencialmente balastro, travessas polivalentes e carril de 60 Kg/m) e introduzindo-se também um sistema de sinalização moderno.

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Este texto traduz uma das principais polêmicas em relação ao trem de alta velocidade em Portugal, que é a discussão de alternativas mais interessantes, menos dispendiosas e de menor risco de sucesso.

Na medida do possível, publicaremos as visões existentes sobre esse tema, para que o leitor português, que nos visita, tenha uma compilação das mesmas.

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