A qualquer momento do dia, as potentes redes de computadores do setor aéreo estão definindo tarifas, monitorando reservas e calculando a quantidade de combustível necessária para cada avião chegar ao seu destino.
Mas quando uma tempestade fechou o aeroporto internacional Dallas-Fort Worth no dia 29 de dezembro do ano passado, obrigando a American Airlines a desviar 130 aviões para outros aeroportos da região, qual sistema de alta tecnologia entrou em ação na maior companhia aérea do mundo? “Um bloco de papel”, disse Don Dillman, diretor administrativo da central de operações da American aqui, onde os controladores direcionam vôos do mundo inteiro.
Na ausência de qualquer sistema de ponta para acompanhar todos aqueles aviões com rotas desviadas, Dillman e seus colegas, ensandecidos, rabiscavam às pressas os detalhes sobre o destino desses aviões, quanto tempo permaneceram parados nesses locais e se os pilotos tinham tempo suficiente de acordo com seus limites diários de trabalho para continuarem voando quando o tempo voltou a abrir. O saldo: 44 desses aviões ficaram estacionados na pista por mais de quatro horas.
Esse episódio, entre outros, incluindo o mesmo problema ocorrido com a JetBlue Airways, com 21 aviões estacionados sem decolar por mais de quatro horas em Nova York em fevereiro, expôs as fragilidades do setor e disparou protestos dos consumidores e pedidos de regulamentações mais rígidas no setor aéreo.
No entanto, por outro lado, as melhorias são preocupantes porque trazem à tona a estratégia relativamente primitiva do setor para lidar com as interrupções de serviços. “Por que demoraram tanto?”, disse Mark Mogel, engenheiro de software aposentado que ficou dentro de um avião parado na pista durante cinco horas em um vôo da American em 2001.
Depois do incidente, ele se uniu a outros passageiros que haviam passado pela mesma experiência para fazer lobby no congresso pedindo limites para as esperas nas pistas de embarque.
Foto do Centro de Operações da American Airlines, no Texas. (Foto: Brian Harkin/New York Times)
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Nos EUA ocorre o verdadeiro “apagão aéreo” e não no Brasil, como quer fazer supor parte da mídia e a Oposição.
Fazemos questão de publicar essa longa matéria para que os leitores tenham informações mais consistentes sobre esse assunto, normalmente, abordado de forma leviana, quando se trata da aviação comercial brasileira.
Mostra também o que sempre dissemos: avião não é ônibus. Parece óbvio, mas as pessoas tratam a aviação como trata os ônibus, desconsiderando que este é insensível às situações climáticas enquanto que o outro não.
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