Estudo da UFRJ mostra remuneração do transporte estagnada nos últimos três anos. Nos últimos três anos, a economia cresceu 4,1%, o barril do petróleo dobrou de valor, o preço do diesel aumentou 28%, mas o custo do transporte, em média, ficou estagnado, descontando-se a inflação do período. Estudo do Centro de Estudos em Logística do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead-UFRJ), mostra que o freio nos gastos reflete o aumento do uso das ferrovias e dos caminhoneiros autônomos, que cobram 20% menos que o custo total da logística.
“O autônomo entra e derruba o preço do mercado porque acha que a tarifa tem que cobrir o combustível, a alimentação, o pneu e pronto. Não considera custos extras como a depreciação do valor do veículo, por exemplo”, afirma o pesquisador da Coppead, Maurício Lima, autor do trabalho. A pesquisa “Custos Logísticos 2006” é a segunda sobre o tema realizada pela Coppead – a primeira tomou como base dados de 2004.

O estudo demonstra que, apesar do aumento de alguns insumos como o diesel, os demais custos estão estaganados, tanto que a taxa de inflação vem demonstrando isso. Já a ampliação do transporte via ferrovia, que tem o custo do frete mais barato, não só cresceu nos últimos anos, como continuará a crescer, pois há demanda para isso e vontade política do governo. Para isso, estão previstos investimentos pesados e obras em andamento como as da ferrovias Norte Sul e a Nova Transnordestina com recursos previstos no PAC. Isso sem falar nos investimentos no modal hidroviário, que tende a baixar ainda mais esses custos.

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