Em matéria publicada nesta terça-feira no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, o fazendeiro Raimundo Nonato Brasil decalrou ter 6 mil hectares de terra em Campos Lindos, no Tocantins, onde produz soja orgânica para exportação. Ele gasta R$ 4 para transportar por caminhões uma saca de soja de 60 quilos até o Porto de Itaquí, no Maranhão. São 1.280 quilômetros de estradas mal conservadas. O fazendeiro acredita que passará a economizar cerca de R$ 0,50 por saca, equivalentes a 12,5% deste custo, na safra 2007/2008, quando entrará em operação o novo trecho da Ferrovia Norte-Sul, que liga Estreito (MA) a Araguaína (TO).
Mobilidade, Logistica e Transportes
Blog de José Augusto Valente
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4 respostas para “Ferrovia Norte-Sul avança no Centro-Oeste”.
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É, no mínimo, animador ver que a opção pelo ferroviarismo no Brasil não é mais apenas uma recomendação de quem estuda a adequação dos meios de transporte para o país. É muito bom ver que agora, mesmo que a passos não muito velozes, há uma valorização desse meio de transporte, com investimentos na recuperação e ampliação da malha. Seria interessante uma análise sobre a relação convergência/divergência desses traçados viários. Será que eles estão criando uma integração mais ampla do mercado interno, ou os traçados estão mais voltados para o mercado externo?>Abraços!
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Independente do objetivo imediato dos ramais ferroviários que estão sendo construídos (se para atender ao mercado interno ou externo), o importante é que eles estão saíndo do papel e vão tornar os produtos brasileiros mais competitivos. Assim que estiverem devidamente prontos e em funcionamento, a tendência é que os mercados passem a valorizar esse modal e, naturalmente, ele passe a atender novos setores que o demandarão.
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Certamente, sua projeção e posterior finalização,com funcionamento total, alavancará, mesmo que a princípio em passos lentos, uma melhor integração entre as regiôes Norte e Centro Oeste aos grandes centros consumidores e produtores, como São Paulo , Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros. Além disso, promover a possibilidade de reversão do ” isolamento e vazio demográfico” pelo menos, nas áreas que circumdarem os trilhos, visto que, como aconteceu no Norte Paranaense, especificamentecomo exemplos, as cidades de Londrina e Maringa, impulsionadas pela expansão da cafeicultura, bem lembrando aqui, ” desenvolveram-se graças ao café, mas sem as ferrovias da Companhia Norte do Parana-ferrovias, não haveria um traçado e consequentemente não haveria escoação da produção, o que indubitavelmente, trousse o progresso e riqueza para esse pedacinho do Brasil. Assim, espera-se semelhante progresso a essas ” novas regiões”, integração e desenvolvimento para todos;mesmo com críticas, erros, e acertos, necessário será sempre mudar.
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Há várias vertentes, positivas e negativas, que circunam todo processo de transformação, seja na área econômica, social e especificamente aqui das regiões geográficas que serão ” cortadas” pelos trilhos. Uma análise mais aprofundada nos revelará a necessidade de entender primeiramente a peculiaridade de cada região brasileira; e especialmente descacando aqui as regiões Norte e Centro Oeste, berço de uma diversidade geológica, biológica e também social extremamante caractérísca; um bioma comprovadamente frágil, será mais uma vez assolado pela instalação dos trilhos e toda mudança trazida por eles; certamente uma nova forma de colonização regional voltada para o mercado mundial, ” atender o agronegócio” ” agricultura de plantation”; juntando-se à soja e criação de gado, como destruidores dessa riqueza natural importantíssima para a conservação e preservação do equilíbrio natural. A ferrovia, assim como as estradas pavimentadas, trazem sérios problemas à fauna e flora dessas regiões do Brasil, pois, os solos pobres dessas regiões sofrem com a melhoria dos meios de transporte neles inseridos, visto que, as rodovias e estradas facilitam a escoação e assim insentivam ainda mais a expansão das atividades, já mencionadas acima, prejudiciais ao bioma em questão. verdadeiramente uma contradição que deve ser melhor analisada , respeitando-se as peculiaridades de cada região, objetivando dessa forma minimização dos impáctos ambientais decorrentes. (Não seria razoável ver uma índio trocando dormentes). “Representantes do povo, vamos agir com sabedoria e conhecimento.”
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