O sistema de infra-estrutura aeroportuária brasileira pode entrar em colapso caso não sejam acelerados investimentos e encontradas soluções para terminais que já superaram a capacidade de operação ou estão à beira da saturação, o que já acontece com Congonhas e Brasília e, no horizonte até 2015, atingirá 19 dos 28 principais aeroportos do país.
A capacidade de abrigar passageiros nesses aeroportos será superada pela demanda por transporte aéreo, que cresce a taxas chinesas – próximas de 20% nos últimos quatro anos. Até 2025, também os pátios de aeronaves estarão comprometidos em 20 aeroportos.
O diagnóstico – que não menciona explicitamente um colapso no sistema – faz parte de relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que está em fase de preparação e cuja versão preliminar foi entregue à CPI do Apagão Aéreo da Câmara.
Nem mesmo os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão suficientes para fazer frente ao aumento da demanda. A Infraero aponta a necessidade de investimento total de R$ 5,069 bilhões, entre 2007 e 2010, nos 28 aeroportos analisados.
Para a Anac, há necessidade de recursos adicionais de R$ 1,771 bilhão. Adequar os aeroportos à nova realidade da aviação no país, porém, esbarra na falta de orçamento.
Esse estudo aponta para a necessidade de viabilizar outras formas de financiamento. Vem ganhando força a idéia de fazer concessão para construção e operação de alguns terminais aeroviários, para passageiros e cargas.
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