Mobilidade, Logistica e Transportes

Esse é o título de post no blog do Paulo Henrique Amorim – Conversa Afiada.

O blogueiro mostra as contradições do principal dirigente da Fiat para a América Latina, Clodorvino Belini (foto).

Em entrevista à CBN, nesta sexta-feira (2), o dirigente apresenta a seguinte pérola:

• A Fiat não tem mais como produzir no Brasil, de tanto que produz. Por isso, vai transferir uma parte da produção para a fábrica ociosa da Argentina porque no Brasil não há infra-estrutura e não há estradas para os carros rolarem

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Um monte de lugares comuns que não têm base na realidade. Não há falta de estradas. As que atendem à produção da Fiat estão em boas condições. A imensa maioria das demais estradas também, inclusive as estaduais. A Fiat não usa o modal ferroviário porque não quer. Nós temos como provar isso.

No final da entrevista, ele confessa o verdadeiro motivo para deslocar a produção para a Argentina. Fizeram lá uma fábrica que está ociosa e precisa ser acionada. Quer dizer, a Fiat erra na sua estratégia e o Brasil é quem pagará. Ainda que aqui a Fiat se mantenha na frente dos demais na venda de veículos.
O que mostra o total descompromisso com o país.
Os números são fantásticos e ele só faz reclamar de tudo. Ele só quer o seguinte: a redução dos custos dos insumos; redução dos impostos; redução dos juros; redução do custo de mão-de-obra; maior número de carros por habitantes (para aumentar o inferno no trânsito das médias e grandes cidades).

Essa entrevista é um amontoado de contradições que mereceria um desmentido do núcleo duro da Fiat, na Itália. Até o Sardenberg ficou constrangido com as contradições apresentadas.

Em entrevista ao à Isto É Dinheiro (2004), publicada no site do Terra, ele dizia coisas bem diferente e até opostas ao que disse ontem. Provavelmente, é fruto da tentativa de explicar o inexplicável: investir numa fábrica na Argentina, quando tem tudo para fazê-lo aqui (uma nova fábrica, por exemplo).

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