O Portal Canal do Transporte publicou matéria em que dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam que o Brasil deve dobrar este ano suas exportações de milho em função da alta na demanda mundial. Serão 8 milhões de toneladas, contra 4 milhões em 2006. Além disso, primeiras estimativas do Usda (o Ministério da Agricultura dos EUA) para a produção e demanda mundial de milho na safra 2007/2008 apontam que os estoques do produto – já em queda de 122,43 para 93,20 milhões de toneladas neste ano – continuarão em redução e devem alcançar no final de 2008 não mais que 90 milhões de toneladas. Se isso se confirmar, será o menor estoque do produto em uma década (na safra 1997/98, o estoque final foi de cerca de 86,5 milhões de toneladas).

À primeira vista, isso não deveria ocorrer, pois a produção mundial do grão deve aumentar ao redor de 10%, enquanto se prevê aumento de consumo de menos de 6%. As informações são do Portal do Agronegócio.
O Usda projetou que do total de milho consumido internamente, 86,4 milhões de toneladas serão para produção de etanol, volume que na safra 2006/07 era de 54,6 milhões de toneladas, alta de 58%. Como consequência, foi reiterada a expectativa de queda das exportações de milho pelos americanos que, na safra 2007/08 será de 50,1 milhões de toneladas, retração de 10% ante os 55,8 milhões de toneladas da 2006/07. São 5 milhões de toneladas a menos, volume significativo se considerar que o Brasil estima exportar este ano 8 milhões de toneladas. Ou seja, esse cenário abre mais oportunidades para as vendas externas de milho do Brasil em 2008.

As perspectivas de crescimento das exportações agrícolas, agora focadas no milho, é mais um ponto a ser acrescentado no otimismo que envolve a economia brasileira. Para isso, as ações do PAC chegam em boa hora e, com certeza, no ano de 2008, estaremos ainda melhores preparados para atender a demanda nessa área.

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