O Ministério dos Transportes desencadeou auditoria em contrato da Gautama para a pavimentação e melhoria da BR-319, no estado do Amazonas.
A decisão foi tomada pelo ministro Alfredo Nascimento, em decorrência de investigações da Polícia Federal. Anunciada na semana passada, dentro da chamada Operação Navalha, a apuração da autoridade policial indica que a Gautama praticaria irregularidades em obras contratadas com o governo federal.
O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) já encaminhou ao MT os documentos relativos ao contrato e enviou ao Amazonas equipe para auditoria da execução da obra no local.
Por determinação do ministro, todos os pagamentos previstos para a Gautama estão suspensos até a manifestação da Consultoria Jurídica do MT e a conclusão da auditoria em curso pelo DNIT. A orientação é revisar todo o processo e comprovar eventuais desvios formais ou irregularidade de qualquer natureza tanto no procedimento quanto na execução da obra. “Eu determinei a suspensão dos pagamentos até que tenha sido feita uma avaliação e a comprovação de que tudo está em ordem”, diz o ministro.
A pavimentação da BR-319 foi contratada pelo governo do estado do Amazonas em 2000, por intermédio de convênio com o extinto DNER. Em 2002, com a extinção do órgão, o contrato foi sub-rogado ao DNIT e está em execução.
Importante eixo de ligação do estado do Amazonas com o resto do país, a BR-319 foi implantada na década de 70 e não teve sua pavimentação concluída até hoje. Dada a sua extensão, esta obra foi dividida em oito lotes, um dos quais conquistado pela Gautama por meio de licitação. Os serviços a serem executados pela empresa estão estimados em R$ 170 milhões.
Alfredo Nascimento garantiu que caso sejam comprovadas as suspeitas da Polícia Federal, a empresa terá o contrato rescindido e o Exército será chamado para concluir as obras em andamento.
***

Deixe um comentário