O Jornal do Commercio do Rio de Janeiro publicou, na edição de domingo, que pequenas e médias empresas mineradoras de Minas Gerais, lideradas pela Companhia de Fomento Mineral -CFM -, também irão entrar na disputa pelo novo terminal de minério no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, que está em processo de licitação pela Companhia Docas do Rio de Janeiro.
De acordo com a matéria, se bem-sucedido, o grupo iniciará estudos para a construção de uma usina pelotizadora a ser instalada no Rio ou em Minas, para agregar valor ao produto exportado. O edital da licitação foi lançado na última sexta-feira. Ele prevê contrato de arrendamento por 25 anos, renováveis por igual período. A empresa vencedora irá investir R$ 329,231 milhões no terminal, que terá capacidade para movimentar 24 milhões de toneladas de granéis sólidos por ano.
A Taxa Interna de Retorno (TIR) será de 19% e a receita bruta, de R$ 11 por tonelada movimentada.São cerca de dez pequenas e médias mineradoras da Região Serra Azul, Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais interessadas. Com o terminal, elas tendem a crescer muito em receita e em quantidade nos próximos anos.
Dos R$ 329,231 milhões a serem investidos, R$ 50 milhões serão pagos à vista na assinatura do contrato para Docas do Rio. Outros R$ 14,312 milhões serão em projetos, R$ 191,046 milhões em equipamentos e R$ 123,8 milhões em obras civis. Considerando a tarifa de receita estabelecida por Docas, o terminal terá receita bruta de aproximadamente R$ 270 milhões por ano à plena capacidade.
O novo terminal de minério ficará instalado na área chamada “corredor”, entre as instalações da Companhia Vale do Rio Doce e da CSN, que não poderão participar da licitação, pois já possuem terminal no local. O empreendimento poderá ser instalado tanto no Rio quanto em Minas. Esses investimentos irão garantir recursos à Companhia Docas do Rio de Janeiro, a ser investido na ampliação das obras de infra-estrutura, o que já vem sendo feito nos últimos anos.
A idéia de formação de grupo de empresas pequenas viabilizará a movimentação de granéis sólidos, operação normalmente realizada por grandes empresas, o que pulveriza o mercado e aumenta a competitividade entre elas. Além disso, a transformação do minério de ferro em pelotas irá agregar valor, que deverá gerar empregos e divisas ao estado onde será instalada a usina.
Selma Campos
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