A indústria automobilística foi incluída pelo governo entre os setores emergenciais da economia, que contarão com financiamentos do BNDES a prazos e taxas mais vantajosas. O anúncio foi feito pelo ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. Também foram foram selecionados pelo governo para discutir políticas setoriais de curto prazo os setores têxtil/vestuário, calçados, móveis e naval. A idéia é que esses setores ganhem competitividade e garantam volume maior de investimentos.
“Não se trata de termos mudado o foco da política industrial brasileira. Eu diria que são setores emergenciais”, disse o ministro. Miguel Jorge explicou que cada um desses setores tem uma particularidade. Têxteis, calçados e móveis, por exemplo, precisam ser mais competitivos para enfrentar a concorrência da China. A indústria automotiva está em fase de previsão de investimentos a partir do próximo ano. Já a indústria naval vive um momento importante e já atrai a atenção de investidores por conta da construção de quatro navios da Transpetro.
Fonte: Agência O Globo.
Houve unânimidade entre os analistas econômicos e jornalistas especializados na área quanto à política cambial exercida pelo governo e confirmada a partir da entrevista coletiva concedida ontem pelo presidente Lula. Segundo os analistas, o ganho com a valorização do real é muito maior e melhor para o País do que se fosse o contrário.
As compensações, de caráter emergenciais, anunciadas pelo governo aos setores voltados para o comércio exterior ou aos que perdem competitividade no mercado interno pela concorrência dos importados foram anunciadas há uma semana e comentadas neste blog. Cabe a esses setores aproveitarem o momento e, aos invés de demitirem, buscar investimento na importação de bens de capital e de tecnologias que não existem no mercado interno.
Selma Campos
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