Rússia, Turcomenistão e Cazaquistão chegaram a um acordo para melhorar a canalização do gás natural e aumentar, assim, suas exportações, anunciou neste sábado o presidente russo, Vladimir Putin.

“Vamos reconstruir o gasoduto da costa do Mar Cáspio para lhe dar uma capacidade de 10 bilhões de metros cúbicos (por ano) e construir um gasoduto paralelo”, disse.
O presidente russo fez este anúncio após uma reunião celebrada com os colegas turcomeno, Gurbanguly Berdymukhamedov, e cazaque, Nursultan Nazarbaiev, em Turkmenbachi, na costa turcomena do Mar Cáspio. Putin informou que os trabalhos começarão no primeiro semestre de 2008 e que em 2012 será possível aumentar a capacidade total desta rota de exportação em pelo menos 12 bilhões de metros cúbicos anuais.
O gasoduto existente segue a costa do Mar Cáspio pelo Turcomenistão e depois pelo Cazaquistão. Atualmente, transporta 5 bilhões de metros cúbicos por ano, a metade de sua capacidade original. O novo acordo representa um grande sucesso para Moscou, cuja proposta tinha como concorrente um projeto americano para construir um gasoduto através do Mar Cáspio.

Fonte: Portal Uai/AFP – (clique no mapa para ampliá-lo)

A União Européia depende da Rússia para o fornecimento de 25% do gás e de 30% do petróleo que utiliza. Alguns Estados-Membros da UE, como a Eslováquia e a Finlândia, são completamente dependentes, enquanto outros Estados, como a Polónia e a Hungria, dependem quase integralmente do gás russo, 90% dos quais atravessam a Ucrânia.
Prevendo-se que a procura global de gás aumente até 3% ao ano nos próximos 15 anos, a recente crise entre a Rússia e Ucrânia veio sublinhar os problemas dos gasodutos. Ao contrário do petróleo, que é comercializado globalmente e transportado à escala mundial, tornando difícil cortar o fornecimento a um país específico, o gás depende essencialmente dos gasodutos que atravessam diversos países e que pode ser cortado segundo a vontade de cada um. Isto faz com que as relações de vizinhança sejam vitais para produtores e consumidores.
Podemos citar, como semelhança, a dependência do Brasil pelo gás da Bolívia.
E a Bolívia é apenas vizinha.

Selma Campos

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