Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) revelou que a depressão e dores nas costas estão entre as principais causas de afastamento do trabalho de motoristas de ônibus rodoviários. Além disso, o estudo constatou que o setor de transportes terrestres é a segunda profissão com mais diagnósticos de estresse.
A coordenadora do Laboratório de Saúde do Trabalhador da UnB, Anadergh Barbosa Branco, analisou o número e o motivos dos atestados concedidos por mais de 15 dias pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), nos anos de 2003 e 2004.
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ela disse que entre os motivos que podem ser apontados para a depressão estão a escala de viagens e a violência no ambiente de trabalho. “A gente sabe que existem linhas que só conseguem ser feitas com escolta (policial, por conta do número de assaltos). Imagina a situação de estresse e medo dessa pessoa. A insegurança é um fator que contribui muito para depressão”. Para a médica, o tempo ideal de trabalho diário de um motorista de ônibus é de aproximadamente seis horas. “A posição do motorista é um muito desgastante. Além disso, ele precisa se concentrar no trânsito”.

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O Sest/Senat vêm realizando o programa Comando nas Rodovias, que visa a detectar, nos motoristas de transportes rodoviários de cargas e de passageiros, os fatores de risco à saúde como o estresse, hipertensão, obesidade, sonolência entre outros.
Nesta sexta-feira, dia 27, foi realizada a primeira etapa do programa em 38 pontos em todo o País.
Entretanto, não basta detectar, é preciso resolver problemas estruturais e legais que permitam ao profissional do volante dirigir com tranquilidade.
Aguardamos, para breve, a votação final do projeto de lei que regulamenta o tempo de direção para os motoristas de caminhões.


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