Os bons resultados conquistados pela produção de grãos, que registrou safra recorde neste ano, estão influenciando diretamente os ganhos de operadores e transportadores logísticos.
A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), pertencente à Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), transportou 850 mil toneladas de grãos no primeiro trimestre deste ano. A movimentação do período foi 7,5% superior ao mesmo trimestre de 2006 e 5,3% acima do melhor primeiro trimestre já registrado pela empresa. “Estamos bastante empolgados com os resultados, porque, em 2006, tivemos uma queda muito significativa. Pretendemos dar um salto de 25% neste ano na movimentação de grãos”, prevê Marcello Spinelli, diretor presidente da FCA.
Até o final do ano, o volume transportado será de 5,4 milhões de toneladas, valor 68,7% superior ao transportado em 2002. O panorama atual é inverso ao apresentado em 2006, quando a FCA registrou queda de 15% no transporte de soja e farelo, devido à quebra da safra ocorrida na Região Centro-Oeste e à valorização do real frente ao dólar americano. “O mercado aqueceu, e já temos uma capacidade instalada para atender a demanda. No entanto, por trabalharmos com contratos de longo prazo, balizamos questão dos custos dos fretes sem grandes sustos”, diz Spinelli.
A MRS Logística, empresa que também atua no mercado de transporte ferroviário, registra um crescimento de 30% no primeiro trimestre deste ano, em relação aos valores registrados no ano passado. “Tivemos uma expansão significativa nesse trimestre, que não é o mais forte do ano. Nossa perspectiva é elevar as movimentações em 40% e atingir 1,1 milhão de toneladas de exportação de commodities agrícolas, ao longo de 2007”, projeta Daniel Rockenbach, gerente comercial do grupo.
O setor de transportes de carga no Paraná começa a se recuperar dos prejuízos observados nos últimos três anos, período em que a área de agricultura teve desempenho negativo. O preço do frete está 8% maior, em média, do que no início de 2006, e o volume de cargas também aumentou em pelo menos 15% por causa das boas condições da safra agrícola. Contudo, os transportadores só devem sentir os reflexos da retomada na próxima safra.
Fonte : DCI
Esses resultados comprovam, mais uma vez, que a política econômico-cambial do governo está no rumo certo. Com os investimentos em andamento mais os que virão com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC – na área energética e de logística, a tendência é aumentar a produtividade, ítem importante para o crescimento da economia brasileira.
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