“A construção da ferrovia Transnordestina, um projeto de R$ 4,5 bilhões, mal começou a sair do papel. Mas a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), controladora da nova estrada de ferro, já tem planos mais ambiciosos. A meta da empresa é extrapolar o serviço de transporte ferroviário e se transformar num operador logístico intermodal, ou seja, via portos, rodovias e trens. “O grande objetivo da CFN não é a ferrovia. Queremos levar a carga do produtor até o navio, não importa por qual meio”, afirma Tufi Daher Filho, presidente da CFN.”
Com cerca de 1.800 quilômetros de extensão, a Ferrovia Nova Transnordestina receberá R$ 4,5 bilhões em investimentos para ligar os portos de Suape e Pecém ao município de Eliseu Martins, no Piauí.
Desse total, R$ 1 bilhão virá dos atuais controladores da CFN (CSN e família Steinbruch), R$ 400 milhões de empréstimo concedido pelo BNDES, R$ 2,2 bilhões de financiamento do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste e R$ 823 milhões do Finor.
É a primeira PPP federal, ainda que sem as respectivas características formais.
Vale a pena ler a matéria completa no site do Valor Online.
A Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), assim como a FCA, a MRS e a ALL – as quatro grandes concessionárias da malha ferroviária brasileira – pretende mudar o seu negócio, de operadora de uma malha para operadora logística multimodal. Na situação atual, o negócio dela é receber um produto na origem e levar a um destino, tudo dentro da sua malha ferroviária. O futuro negócio será receber qualquer produto, em qualquer parte do país e levá-lo até o destino (em geral, um dos portos marítimos ou, quem sabe, até o destino em qq parte do mundo).
Entretanto, não vale utilizar o modal rodoviário para produtos de baixo valor agregado, quando não interessar levá-los através da sua malha ferroviária.
Senão, ganha a empresa e perde o país.
Deixe um comentário