Investimentos de obras em andamento e de 25 projetos de construção de novos terminais devem passar de R$ 8 bi
A iniciativa privada cansou de esperar pelo poder público e decidiu agir por conta própria para amenizar as deficiências do sistema portuário brasileiro. Nos últimos meses, um grupo de companhias de peso deu a arrancada para o que vem sendo chamado de a segunda onda de investimentos do setor, depois dos arrendamentos ocorridos na década de 90. Vários terminais privados estão sendo construídos para ampliar a capacidade de transportes do País e diminuir, um pouco, o tão famoso custo Brasil.
Além dos projetos em andamento, que somam quase R$ 4 bilhões, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) analisa cerca de 25 pedidos para a construção e exploração de Terminal de Uso Privativo (TUP) e Misto. Se aprovados, esses empreendimentos devem somar mais R$ 4 bilhões de investimentos no setor.
“Os empresários reagiram ao caos da infra-estrutura e estão criando seus próprios portos para não depender do governo”, afirma o professor do Centro de Estudos de Logística (Cel) da Coppead/UFRJ, Paulo Fleury. Os projetos contam com nomes como ThyssenKrupp CSA, Coimex, Grupo Batistella, MMX, de Eike Batista, e o empresário Agostinho Leão, ex-dono do tradicional Matte Leão, vendido em março para a Coca-Cola. Juntam-se a eles fundos de investimentos estrangeiros e empresas de navegação e de engenharia.
Entre os processos em análise na Antaq, estão os de empresas como Usiminas, Caramuru, Braskem, Cargill e Portland Itaú….
Foto: Porto de Suape
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A infra-estrutura portuária vem se deteriorando ao longo dos últimos anos. Com o crescente ritmo das exportações brasileiras, alguns portos estão com suas capacidades praticamente esgotadas. O governo, através da Agenda Portos, tem melhorado a infra-estrtura em alguns portos, como é o caso de Santos.
O “boom” de investimentos na indústria de base e de transformação, face à conjuntura econômica atual, aliado aos recordes históricos da safra de grãos, tem propiciado ao próprio mercado se ajustar. Fato é que empresas investem pesado na cadeia produtiva que vai desde a produção e transporte aos terminais portuários. Mas o governo não está alheio a essa nova “onda”. Investimentos estão sendo feitos no setor. Até 2010, serão empregados R$ 2,7 bilhões para melhoria da infra-estrtura e capacidade dos portos brasileiros.
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