O esquema desmant
elado na segunda-feira, pela Polícia Civil de São Paulo, na Operação Pirâmide, em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, mostrou que a quadrilha presa possuía uma logística criminal que ia do roubo da carga à venda dos produtos nas lojas. Essa logística possibilitava ao grupo, que tinha atuação principalmente na região Sudeste, um lucro estimado de R$ 6 milhões por mês. O bando roubava de equipamentos eletrônicos a alimentos em geral e bicicletas.Na operação, realizada por policiais do Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic), foram cumpridos 14 mandados de prisão e nove de busca. No total, oito pessoas foram presas, entre elas o empresário Clélio Luiz da Silva Ferreira, proprietário da Universe Distribuidora Ltda., 8º no ranking das maiores redes atacadistas do Brasil, e Ronaldo Alvarenga Bitencourt, dono da Giromax – estes dois detidos em Belo Horizonte. Ontem, conforme informou o Deic, os presos foram interrogados e toda mercadoria e documentos apreendidos começaram a ser analisados.
Em suas ações, a organização atuava em etapas. Primeiro, bandidos armados interceptavam as cargas nas estradas. Depois, o produto roubado era levado para os galpões da Mira Minas Distribuidora, que, com notas fiscais falsas, dava à mercadoria a fachada de legais. Em seguida, as mercadorias eram passadas para grandes atacadistas, como a Universe Distribuidora ou a Giromax, esta situada no Espírito Santo, que as repassavam ao comércio de todo o Brasil como se fossem legais.Além dos empresários em Belo Horizonte, foram presos em São Paulo um contador informal, suspeito de ser o responsável por providenciar as notas frias, e alguns funcionários de ambas as empresas. O proprietário da Mira Minas, Anderson Antônio Noronha, também foi detido e encaminhado ao Deic.
(Fonte: Gazeta Mercantil/Téo Pereira Scalioni e Foto CNT)
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